Inovação:
Termo comum no ambiente de empreendedorismo, mas quase como um ser distante da realidade de meros mortais. Será? Afinal, ela se aplica para sua empresa? Vejamos.
O que é inovação?
Segundo o dicionário de Oxford, inovação diz respeito àquilo que é novo, novidade. A palavra vem do latim e se refere a uma ideia, método ou coisa física que não se parece com seus antecessores. Destrinchando mais o termo, temos a ligação muito próxima com a palavra melhoria. Inovar é pegar algo que já existe e mudar, tornar melhor.
No mundo dos negócios, podemos adaptar o entendimento para “aquilo que resolve um problema de maneira nova e gera valor para uma empresa”. E não, não precisa estar ligado a tecnologia, nem ser uma ferramenta. Como exemplificado pelo próprio dicionário, inovação é qualquer coisa, física ou processual, que auxilie na resolução de problemas.
Sabe aquela frase: “a sobrevivência do mais adaptável”? Darwin já falava sobre a necessidade de inovação antes mesmo do mundo sofrer ação da internet e do “4.0”, integração com o digital.
No livro “Estratégia do Oceano Azul”, dos professores Chan Kim e Renée Mauborgne, a importância da inovação é muito bem explorada. Em um mundo cada vez mais competitivo e sangrento - um oceano vermelho -, para usar termos da obra, combater a concorrência se torna inútil e cansativo. Então, para criar diferencial, um oceano azul para navegar, as empresas precisam pensar em gerar demanda através de um novo mercado, ainda não explorado.
Tá, mas ainda está muito distante da minha realidade. Como fazer?
O principal desafio para aplicação da estratégia de inovação é a capacidade de reconhecer a diferença entre um oceano vermelho e um azul. Para fazê-lo, é preciso observar o mercado, o que está sendo feito e, partir daí, como se diferenciar.
Um segundo ponto a ser observado é geração de valor. O que você está gerando para quem compra e consome seus produtos/serviços? Qual problema você resolve e o que você pode fazer para oferecer mais valor?
Ainda sobre “Estratégia de Oceano Azul”, os autores nos sugerem o modelo de quatro ações: o que aumentar, o que reduzir, o que eliminar e o que criar.
Aumentar: que atributos podem ser elevados acima do padrão atual do setor de atuação? Análise que passa por produtos, preços, serviços, qualidade, dentre outros.
Reduzir: seguindo o mesmo raciocínio, quais fatores podem ser reduzidos abaixo dos padrões do setor onde a empresa atua, pois não são totalmente necessários?
Eliminar: que atributos foram usados como pontos competitivos faz muito tempo e já não fazem mais sentido?
Criar: que fatores o setor nunca ofereceu e está na hora de serem criados, produzindo diferenciação e um mercado novo?
Essas estratégias não são (e nem devem ser) exclusivas de grandes empresas e conglomerados. Na verdade, são estratégias como esta que tornam as empresas grandes.
O que eu tento esclarecer aqui é que não importa se você está começando agora, passando a entender os jargões do meio, esse monte de estrangeirismos, ou “inglesismos”, que adoramos falar, ou se você faz parte de uma empresa tradicional bem estabelecida. Usar de ferramentas, processos, métodos para melhorar seu negócio já é, por si só, uma inovação.
Sugestões de atuação:
Por onde começar a inovar? Aí vai depender de cada negócio. Quais são seus pontos mais estratégicos? O que geraria mais valor e retorno? A resposta para essas perguntas pode ser conseguida juntando a diretoria e voltando ao quadro de planejamentos.
Para pensar em como inovar é preciso, antes de mais nada, entender: quem somos, o que fazemos, por que fazemos, para quem. Como é que se navega em um oceano sem conhecer o próprio barco?
Inovação, independente de por ONDE você escolher começar, é uma estratégia perene e continuada. Deve estar no DNA da empresa, muito além da superfície.
Agora, se eu puder dar uma sugestão adicional: fale com o seu público.
Puxando, naturalmente, a sardinha para o meu negócio, a HER.ME.S é uma empresa focada no cliente, obcecada pelo cliente, para falar a verdade. Eu e Matheus, meu sócio, viemos ambos de setores comerciais e trouxemos toda a nossa experiência para a atuação enquanto CNPJ. Isso significa que, para nós, a busca por inovação vem na maneira de lidar com as pessoas. Fornecer uma experiência única e positiva é um ponto muito forte para geração de valor. Mais que isso, nós acreditamos realmente que a construção de relacionamentos é a chave para crescimentos duradouros e sustentáveis.
E isso não sou só eu que falo. Várias empresas reconhecidas no mercado têm o mesmo entendimento. Um belo exemplo é a Amazon, que desenvolve seu trabalho a partir do cliente. E hoje é um dos maiores marketplaces do mundo.
Vale lembrar que a maioria das empresas que entraram no oceano azul são aquelas que conseguiram criar um diferencial mais humano, voltado a inspirar a confiança das pessoas em seus produtos, serviços ou modelos de negócio.
Por fim, minha dica é: pare de competir, comece a criar! Experiência, valor, senso de comunidade. O caminho está aí, basta trilhar - ou ajustar as velas e girar o leme, para continuarmos nas analogias náuticas.
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